• Sobre o álcool

    O consumo do álcool é antigo, bebidas como vinho e cerveja possuíam conteúdo alcoólico baixo, uma vez que passavam pelo processo de fermentação. Outros tipos de bebidas alcoólicas apareceram depois, com o processo de destilação.

    Apesar de o álcool possuir grande aceitação social e seu consumo ser estimulado pela sociedade, ele é uma droga psicotrópica que atua no sistema nervoso central, podendo causar dependência e mudança no comportamento.

    Quando consumido em excesso, o álcool é visto como um problema de saúde, já que esse excesso pode estar ligado a acidentes de trânsito, violência e alcoolismo (quadro de dependência).

    Há muito tempo que no Ocidente as empresas de cigarro têm ganhado lucros assustadores com o cigarro. Agora o marketing dessas empresas está direcionado para o oriente onde as mulheres até pouco tempo eram censuradas com a possibilidade de uso do cigarro. O mercado está investindo em propagandas que associam o cigarro a mulheres bonitas e bem sucedidas, para que o mesmo possa se tornar um atrativo para as mulheres orientais, além de tornar-se símbolo da igualdade entre homens e mulheres. Na África, além da epidemia de AIDS, agora nota-se também uma epidemia de tabagismo. Muitos definham até a morte por causa da fome que junta-se ao efeito do cigarro, e por gastarem a maior parte da sua renda na compra de cigarros.

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  • Como o álcool atua quimicamente no organismo?

    O álcool é absorvido principalmente no intestino delgado, e em menores quantidades no estômago e no cólon. A concentração do álcool que chega ao sangue depende de fatores como: quantidade de álcool consumida em um determinado tempo, massa corporal, e metabolismo de quem bebe, quantidade de comida no estômago.

    Quando o álcool já está no sangue, não há comida ou bebida que interfira em seus efeitos. Num adulto, a taxa de metabolismo do álcool é de aproximadamente 8,5g de álcool por hora, mas essa taxa varia consideravelmente entre indivíduo.

    Os efeitos do álcool dependem de fatores como: a quantidade de álcool ingerido em determinado período, uso anterior de álcool e a concentração de álcool no sangue. O uso do álcool causa desde uma sensação de calor até o coma e a morte dependendo da concentração que o álcool atinge no sangue. Os sintomas que se observam são:

    • Doses até 99mg/dl: sensação de calor/rubor facial, prejuízo de julgamento, diminuição da inibição, coordenação reduzida e euforia; • Doses entre 100 e 199mg/dl: aumento do prejuízo do julgamento, humor instável, diminuição da atenção, diminuição dos reflexos e falta de coordenação motora; • Doses entre 200 e 299mg/dl: fala arrastada, visão dupla, prejuízo de memória e da capacidade de concentração, diminuição de resposta a estímulos, vômitos; • Doses entre 300 e 399mg/dl: anestesia, lapsos de memória, sonolência; • Doses maiores de 400mg/dl: insuficiência respiratória, coma, morte.

    Num curto período (8 a 12 horas) após a ingestão de grande quantidade de álcool pode ocorrer a "ressaca", que caracteriza-se por: dor de cabeça, náusea, tremores e vômitos. Isso ocorre tanto devido ao efeito direto do álcool ou outros componentes da bebida. Ou pode ser resultado de uma reação de adaptação do organismo aos efeitos do álcool.

    A combinação do álcool com outras drogas (cocaína, tranquilizantes, barbituratos, anti-histamínicos) pode levar ao aumento do efeito, e até mesmo à morte.

    Os efeitos do uso prolongado do álcool são diversos. Dentre os problemas causados diretamente pelo álcool pode-se destacar doenças do fígado, coração e do sistema digestivo. Secundariamente ao uso crônico abusivo do álcool, observa-se: perda de apetite, deficiências vitamínicas, impotência sexual ou irregularidades do ciclo menstrual.

  • Álcool na adolescência:

    Alcoolismo nunca foi problema exclusivo dos adultos. Pode também acometer os adolescentes. Hoje, no Brasil, causa grande preocupação o fato de os jovens começarem a beber cada vez mais cedo e as meninas, a beber tanto ou mais que os meninos. Pior, ainda, é que certamente parte deles conviverá com a dependência do álcool no futuro.

    Alcoolismo nunca foi problema exclusivo dos adultos. Pode também acometer os adolescentes. Hoje, no Brasil, causa grande preocupação o fato de os jovens começarem a beber cada vez mais cedo e as meninas, a beber tanto ou mais que os meninos. Pior, ainda, é que certamente parte deles conviverá com a dependência do álcool no futuro.

    Sem desprezar os fatores genéticos e emocionais que influem no consumo da bebida – o álcool reduz o nível de ansiedade e algumas pessoas estão mais propensas a desenvolver alcoolismo –, a pressão do grupo de amigos, o sentimento de onipotência próprio da juventude, o custo baixo da bebida, a falta de controle na oferta e consumo dos produtos que contêm álcool, a ausência de limites sociais colaboram para que o primeiro contato com a bebida ocorra cada vez mais cedo.

    Não é raro o problema começar em casa, com a hesitação paterna na hora de permitir ou não que o adolescente faça uso do álcool ou com o mau exemplo que alguns pais dão vangloriando-se de serem capazes de beber uma garrafa de uísque ou dez cervejas num final de semana.

    Não se pode esquecer de que, em qualquer quantidade, o álcool é uma substância tóxica e que o metabolismo das pessoas mais jovens faz com que seus efeitos sejam potencializados. Não se pode esquecer também de que ele é responsável pelo aumento do número de acidentes e atos de violência, muitos deles fatais, a que se expõem os usuários.

    Proibir apenas que os adolescentes bebam não adianta. É preciso conversar com eles, expor-lhes a preocupação com sua saúde e segurança e deixar claro que não há acordo possível quanto ao uso e abuso do álcool, dentro ou fora de casa.

  • Consequências do uso:

    O álcool é um depressor do sistema nervoso central e age diretamente em diversos órgãos, como o fígado, o coração e o estômago. “Não há qualquer órgão que seja poupado pelo uso de álcool: desde o cérebro, até os nervos longos dos membros inferiores, passando pelo trato digestivo, incluindo boca, esôfago, estômago, intestino e fígado, tudo é agredido pela bebida”, alerta o psiquiatra Carlos Salgado, da ABEAD. Entre eles, o fígado é, sem dúvida, o mais afetado. “.

    Já foi comprovado, sem possibilidades de refutação, que o álcool é o agente causal de dano nas células hepáticas, que se inicia com um simples depósito de gordura, mas vai evoluindo, passando por inflamação e fibrose, até chegar ao estágio da cirrose”, explica a hepatologista Edna Strauss, membro da diretoria da Sociedade Brasileira de Hepatologia (SBH). O processo todo pode acontecer muito rapidamente, dependendo da quantidade e da frequência com que se bebe, e também de características genéticas, que regulam a predisposição à doença. Em três anos, o uso constante de álcool pode promover consequências clínicas importantes, afetando o funcionamento do órgão. “O grande problema é que a doença hepática é silenciosa e frequentemente não provoca qualquer sintoma, mesmo na fase de cirrose. Quando aparecem os primeiros sinais, como retenção hídrica, inchaços e acúmulo de água no abdômen, amarelo dos olhos ou perda de sangue pela boca ou pelas fezes, a saúde do paciente já está muito debilitada”, adverte Edna.

    Veja abaixo tudo o que o álcool pode provocar em seu organismo e o que muda do primeiro gole ao consumo regular e prolongado:

    - As regiões mais afetadas: O álcool aumenta o risco de câncer nas regiões de maior contato com as substâncias tóxicas: boca, laringe, faringe e esôfago.

    - Cabeça: o consumo regular leva a perdas de memória, que vão se aprofundando cada vez mais. Ao longo dos anos, as lesões nos neurônios podem levar a comprometimentos de ordem motora, chegando a dificultar a fala. Quadros de amnésia e alterações de personalidade também são comuns em dependentes de longa data.

    - Cérebro: Entre os jovens, o consumo do álcool afeta áreas cerebrais encarregadas do raciocínio e da capacidade de tomar decisões.

    - Sistema digestório: as substâncias tóxicas do álcool comprometem todo o sistema digestório, aumentando as chances de câncer de boca, laringe, esôfago, estômago e fígado.

    - Coração: o álcool contribui para o aumento da pressão e ainda agride as células do coração, aumentando o risco de arritmias e insuficiência cardíaca, dois eventos que podem ser fatais.

    - Estômago: o álcool provoca erosões no estômago, e pode levar a gastrites, e chegar a uma fase mais aguda, com dores insuportáveis e até sangramentos. Além disso, o fígado poderá perder a sua função. Após as constantes agressões dos aditivos químicos das bebidas, o órgão tenta se proteger e cria cicatrizes fibrosas ao seu redor. Ao longo dos anos, elas atrapalham a circulação no local. Aparecem, então, as hemorragias digestivas.

    - Pernas: muitas lesões neuronais ocasionadas pelo álcool afetam a locomoção. Na síndrome de Wernicke-Korsakoff, uma das doenças mais comuns em alcoólatras, há uma progressiva dificuldade de andar. Na polineuropatia periférica, pés e mãos podem perder completamente a sensibilidade.

  • Beber durante gravidez:

    O uso do álcool durante a gestação pode ser muito perigoso para a mãe. Não existe uma dose limite pré-estabelecida para a ingestão do álcool pela gestante que não prejudique o bebê.

    O álcool é uma substância com livre passagem pela placenta e, portanto, livre passagem para o feto. O fígado do bebê que está em formação metaboliza o álcool duas vezes mais lentamente que o fígado da sua mãe, isto é, o álcool permanece por mais tempo no organismo do bebê do que da sua mãe.

    O aborto espontâneo e o trabalho de parto prematuro, assim como outras complicações da gravidez, também estão relacionados com o uso do álcool, mesmo em quantidades menores. O risco de aborto espontâneo quase dobra quando a gestante consome álcool.

    Os prejuízos causados no feto pelo álcool podem causar desde gestos desajeitados até problemas de comportamento, falta de crescimento, rosto desfigurado e retardo mental, dependendo da fase da gravidez e também da quantidade de álcool ingerido.

    A Organização Mundial da Saúde estima que a cada ano 12 mil bebês no mundo nascem com a Síndrome Fetal do Álcool ou Síndrome do Alcoolismo Fetal (SAF) ou 2,2 de cada mil nascimentos vivos.

  • Como parar de beber

    - Converse com seu médico. Mantenha em mente que a abstinência pode ser potencialmente mortal caso você decida seguir o caminho da recuperação sozinho. Você deve procurar um médico assim que um dos seguintes sintomas lhe afligir: ataques de pânico, ansiedade grave, tremores, batimentos cardíacos acelerados. Tais problemas poderiam potencialmente evoluir para um caso de delirium tremens, que é mortal se não for tratada.

    - Tente escolher uma data significante para parar.

    - Não se coloque com pessoas ou em situações onde que lhe deem vontade de beber.

    - No estágio inicial, reduza a sua ingestão de álcool. No início, simplesmente tente reduzir a quantidade de álcool que você consome. Passar direto do estado de beberrão para sóbrio é o caminho certo para gerar um desastre físico e emocional.

    - Beba muita água.

    - Mude sua rotina caso tenha horas agendadas para beber.

    - Compre uma “carteira de sobriedade”. Sempre que você pensar em comprar uma garrafa de bebida, guarde o equivalente ao valor de tal garrafa em sua carteira. Você ficará chocado. A melhor maneira de permanecer sóbrio é enxergar os benefícios tangíveis da sobriedade, que nós geralmente não conseguimos ver. Uma carteira de sobriedade o ajudará a visualizar esses benefícios.

    - Tome um suplemento de vitamina B diariamente durante sua primeira semana sem álcool.

    - Tente se visualizar estando completamente fora do controle caso sinta a tentação.

    - Lembre-se dos motivos pelos quais você parou.

    - Dê a si um prêmio para cada dia ou hora sem beber.

    - Peça ajuda

    - Considere juntar-se a um grupo como os Alcóolatras Anônimos.

Quem Somos

Bárbara Andrade, formação em Pedagogia ,mas exerçe no IFSP - Campus Cubatão a função de Assistente em administração. Está lotada na Coordenadoria de Extensão, atuando como coordenadora.

Etiene Siqueira de Oliveira, formada em Biblioteconomia, exerço a função de bibliotecária-documentarista no IFSP Campus Cubatão.

Lucia Helena Dal Poz Pereira, servidora do IFSP Campus Cubatão desde 2010, Técnica de Enfermagem, na função de Auxiliar de Enfermagem do Setor Médico (SMO) subordinada à Coordenadoria de Apoio ao Ensino - CAE

Marcilene Maria Enes Appugliese, Bibliotecária no Instituto Federal de São Paulo - Campus Cubatão, lotada na Coordenadoria de Apoio ao Ensino, porém trabalha no setor de Coordenadoria de Recursos Didáticos, na Biblioteca.



Maria das Neves Farias D. Bergamaschi, servidora do IFSP- Campus Cubatão desde 2008, formada em Pedagogia, pós graduada em Gestão Escolar: Supervisão e Orientação Escolar lotada na Coordenadoria de Apoio ao Ensino- CAE, na função de Técnica em Assuntos Educacionais.

Maria del Pilar, médica no IFSP, Campus Cubatão. Está lotada no Setor Médico.

Lucas Ramacciotti Silvério, aluno da IFSP - Campus Cubatão desde 2011, bolsista do Projeto Drogas: Amor de perdição.

Diana Torrão Pereira, aluno da IFSP - Campus Cubatão desde 2011, bolsista do Projeto Drogas: Amor de perdição.
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