• Sobre o cigarro

    O cigarro é uma droga lícita no Brasil, e por causa dela há milhões de pessoas enfrentando quadros clínicos irreversíveis e morrendo aos poucos em todo o país. Ele é o produto de consumo mais vendido no mundo, e traz um retorno econômico muito promissor para os que o comercializam. Causa cinquenta vezes mais mortes que as drogas ilícitas, sem contar com a perspectiva de vida dos fumantes que é reduzida em um minuto, a cada minuto que estes passam fumando.

    Há milhares de substâncias nocivas na composição do cigarro, entre elas estão: gases tóxicos, pesticidas, mais de quarenta substâncias cancerígenas, inseticidas, entre outros.

    As pessoas começam a fumar principalmente influenciadas pela publicidade maciça do cigarro nos meios de comunicação de massa. Pais, professores, ídolos e amigos também exercem uma grande influência. A publicidade sabe aliar as demandas sociais e as fantasias dos diferentes grupos (adolescente, mulheres, faixas economicamente mais pobres etc.) ao uso do cigarro, fazendo crer que, ao fumar, esses desejos serão realizados, aumentando o consumo do tabaco entre as pessoas mais facilmente influenciáveis. A publicidade direta é feita por anúncios atraentes e bem produzidos; já a publicidade indireta é feita através dos ídolos e modelos de comportamento em geral. Noventa por cento dos fumantes iniciam seu consumo antes dos 19 anos de idade, faixa em que o indivíduo ainda se encontra na fase de construção de sua personalidade. O número constante, ou mesmo crescente, de adesão ao tabagismo contribui para que a indústria do cigarro seja altamente lucrativa.

    Há muito tempo que no Ocidente as empresas de cigarro têm ganhado lucros assustadores com o cigarro. Agora o marketing dessas empresas está direcionado para o oriente onde as mulheres até pouco tempo eram censuradas com a possibilidade de uso do cigarro. O mercado está investindo em propagandas que associam o cigarro a mulheres bonitas e bem sucedidas, para que o mesmo possa se tornar um atrativo para as mulheres orientais, além de tornar-se símbolo da igualdade entre homens e mulheres. Na África, além da epidemia de AIDS, agora nota-se também uma epidemia de tabagismo. Muitos definham até a morte por causa da fome que junta-se ao efeito do cigarro, e por gastarem a maior parte da sua renda na compra de cigarros.

    As pessoas que convivem com fumantes são chamadas de “fumantes passivos” e estão suscetíveis a diversas doenças respiratórias e cardiovasculares. A fumaça do cigarro exposta no ambiente depois de tragada é um cancerígeno do tipo A, o mais perigoso, isso traz sérios riscos à saúde das pessoas que não são fumantes, mas convivem com um. Crianças que têm pais fumantes possuem mais chances de adquirirem algum tipo de doença respiratória.

    Desde 2002, o ministério da saúde iniciou uma campanha com frases de efeito e fotos de impacto que obrigatoriamente são colocadas em cada carteira de cigarros, com o objetivo de diminuir a quantidade de dependentes do tabaco.

    O vício da nicotina é muito difícil de ser abandonado, porém milhões de pessoas já o conseguiram através de diversas técnicas, que serão tratadas mais à frente.

    Há diversos benefícios para uma pessoa que resolve deixar de fumar. Além das funções vitais de respiração, pressão arterial, circulação, resistência física, etc. Um dos maiores benefícios é a diminuição do risco de se adquirir câncer em diversos órgãos do corpo, como o pulmão, a laringe, faringe, esôfago, o pâncreas, os rins, a bexiga, a boca e o colo do útero.

  • Como o cigarro atua quimicamente no organismo?

    A fumaça do tabaco, durante a tragada, é inalada para os pulmões, distribuindo-se para o sistema circulatório e chegando rapidamente ao cérebro, entre 7 e 9 segundos. Além disso, o fluxo sanguíneo capilar pulmonar é rápido, e todo volume de sangue do corpo percorre os pulmões em um minuto. Dessa forma, as substâncias inaladas pelos pulmões espalham-se pelo organismo como uma quase igual a de substancias introduzidas por uma injeção intravenosa.

    Qualquer pessoa que já olhou os alertas do Ministério da Saúde em maços de cigarro se assustou com o aviso sobre as dezenas de compostos cancerígenos existentes no produto. No entanto, o que pouca gente sabe é que, entre os diversos tipos de materiais nocivos à saúde presentes, há elementos radioativos.

    E isso não é algo recente. Desde a década de 30, a indústria do tabaco usa um fertilizante feito a partir de apatita, um mineral barato que é responsável pelo gosto peculiar do cigarro. O problema é que, para criar o fosfato usado nas plantações da erva, a pedra libera resquícios de polônio, urânio, bismuto e vários outros materiais que emitem radiação.

    Isso faz com que as substâncias cheguem também ao produto final, sendo liberadas na fumaça e, consequentemente, no ar. Desse modo, até mesmo os fumantes passivos acabam sendo vítimas desse "ataque radioativo". Isso porque as moléculas de material nocivo grudam no tecido do pulmão e de outros órgãos, danificando as células. A princípio pode parecer algo que não merece atenção, mas o tempo pode fazer com isso fique mais grave.

    A presença da apatita é apenas uma das razões que tornam o cigarro tão prejudicial à saúde. Além disso, institutos norte-americanos, como a Environmental Protection Agency, lutam para divulgar esse tipo de informação e alertar a população sobre o tipo de material que ela ingere diariamente.

    Para provar os perigos da radiação presente na fumaça, o National Council on Radiation Protection and Measurements fez uma comparação interessante. Segundo o órgão, se uma pessoa for exposta a uma máquina de raios X, ela recebe uma radiação de 8 mrem. Por outro lado, um maço de cigarro possui cerca de 29 mrem. É como se você fizesse mais de três radiografias em um só dia.

  • Fumo na adolescência:

    Esse costume que foi criado e difundido por adultos tem feito parte da vida de cada vez mais crianças. Isso porque indústria e comércio descobriram que o vício e a dependência são ainda mais profundos quanto mais cedo iniciados.

    “O tabagismo é reconhecido pela OMS como uma doença pediátrica, pois começa ainda nos verdes anos da puberdade, prolongando-se em 90% dos casos ao período da adolescência”, conta o diretor do Núcleo de Estudos e Tratamento do Tabagismo da UFRJ Alberto Araújo. Como provam os estudos, “em poucos anos, o jovem passa do consumo esporádico a um consumidor habitual, com a tolerância e a progressão para a dependência, o que leva o adolescente a saltar de seis cigarros para um maço por dia, quando inicia a vida adulta”, explica.

    Como já dito, os fumantes iniciam esse hábito por influência dos amigos, ídolos, familiares e etc. No início o adolescente pensa que pode parar no momento que quiser, entretanto, o corpo cria dependência física e involuntária da substância química, tornando, na maioria dos casos, muito difícil afastar-se do hábito de fumar.

    Mais de 90% dos fumantes adultos começam antes dos 18, em média entre os 11 e 13 anos. Por isso, a OMS já declarou temer pela morte de 750 milhões de adolescentes. Só no Brasil, 30 mil crianças são fumantes habituais entre 5 e 10 anos de idade. De acordo com uma pesquisa do Datafolha, o cigarro é o segundo produto que os jovens mais se lembram de ter visto à venda em locais de compra rápida, como bancas de jornal, padarias, supermercado, lojas de conveniência etc. Trinta e sete por cento dos entrevistados na pesquisa diz que ver outras pessoas fumando influencia a querer experimentar. Isso pode ser um dado alarmante, pois 70% dos jovens admitem ser permitido fumar em ambientes fechados, dentro das casas noturnas ou bares que frequentam. E 75% dizem ser contra o fumo nesses ambientes fechados. Sempre que saem ou fazem um passeio casual, esses jovens ficam expostos a produtos à venda em cada esquina, além de pessoas fumando em qualquer ambiente, mesmo em locais fechados.

    “Como não há conscientização adequada, a curiosidade e a imitação de atitudes fazem com que meninas e meninos resolvam experimentar a droga. Dado o seu poder viciante, o movimento que parte da experimentação fugaz para o uso regular é imperceptível. Entretanto, mesmo para jovens recém tornados dependentes, a saída do processo não é tão simples quanto foi a sua entrada nele”, resume o médico especialista Alexandre Milagres.

    Dos entrevistados, 47% costumam ver alguém em casa fumando de vez em quando.

    Para Alexandre, um método eficiente para a luta conta o tabagismo é conscientizando as crianças e os adolescentes sobre os males do tabagismo, diminuindo assim o número de fumantes potenciais.

  • Consequências do uso:

    Fumar provoca:

    • Vaso constrição e redução do fluxo de sangue nos tecidos;
    • Lesão da camada celular interna dos vasos (endotélio);
    • Redução do colesterol bom (HDL);
    • Redução da liberação de oxigênio para os tecidos;
    • Aumento da acidez do estômago;
    • Irritação e inflamação de olhos, garganta e vias aéreas;
    • Aumento da produção de radicais livres que lesam as células;
    • Aceleração da arteriosclerose.

    Fumar aumenta:

    • A pressão arterial;
    • A frequência cardíaca;
    • O risco de doenças das coronárias, como angina do peito e infarto do miocárdio;
    • Em três vezes o risco de morte por infarto em homens com menos de 55 anos;
    • Em dez vezes o risco de tromboembolia venosa e infarto em mulheres que tomam anticoncepcionais;
    • O risco de má circulação nas pernas;
    • O risco de impotência sexual.

    Doenças cerebrovasculares:

    • Fumar triplica o risco de derrame cerebral (acidente vascular cerebral), sendo responsável por 25% das ocorrências da doença.

    Câncer:

    O cigarro contém mais de 40 substâncias cancerígenas que aumentam o risco de câncer:

    • De boca, faringe, laringe e traqueia;
    • De pulmões – risco dez a vinte vezes maior do que o do não-fumante;
    • De esôfago, estômago, rins, bexiga e colo de útero, entre outros.

    Doenças respiratórias:

    As substâncias presentes na fumaça do cigarro agridem os cílios das vias aéreas, dificultando a eliminação de muco e catarro, essencial para o bom funcionamento dessas vias. Além disso, com a idade, o fumo contribui para a queda da capacidade respiratória e para o aparecimento de outros problemas, como:

    • Tosse, chiado e falta de ar;
    • Bronquite crônica e enfisema (DPOC) – o fumo é responsável por 90% dos casos e aumenta o risco de incidência em dez vezes;
    • Distúrbios da voz e rouquidão;
    • Infecções das vias respiratórias e crise de asma.

    Pele:

    Fumar aumenta o risco de rugas prematuras e de celulite e interfere na cicatrização de feridas cirúrgicas.

    Fumar também:

    • Prejudica o tratamento de doenças, como gastrite, úlcera péptica, esofagite de refluxo, angina, insuficiência cardíaca, bronquite, enfisema e asma.
    • Aumenta complicações pós–operatórias, especialmente em idosos, obesos e pacientes em tratamento de doenças cardíacas ou respiratórias.
    • Inflama gengivas, escurece os dentes e causa mau hálito.
    • Aumenta o risco de catarata.

    Para as mulheres, fumar:

    • Aumenta o risco de osteoporose, especialmente após a menopausa.
    • Aumenta o risco de infertilidade.
    • Aumenta em 39% as chances de desenvolver doenças coronarianas e 22% o risco de acidentes vasculares cerebrais quando associado ao uso de contraceptivos orais.

    Para as gestantes, fumar:

    • Aumenta em cerca de duas vezes a chance de abortar, de ter filho prematuro ou com baixo peso.
    • Perder o bebê no período neonatal.

  • Como parar de fumar:

    Desassociar o cigarro do prazer:

    O fumante associa o cigarro a momentos de prazer, como a pausa no trabalho e a cerveja no bar com os amigos. Para quebrar esse padrão, a hora de fumar deve deixar de ser agradável. "A pessoa deve passar a fumar sozinha e, se possível, de maneira desconfortável, como em pé na área de serviço", sugere Jaqueline Issa, cardiologista diretora do Programa de Tratamento do Tabagismo do Instituto do Coração da USP (Incor). "Só assim ela vai realmente entender que é dependente, porque vai perceber que teve de levantar do sofá, onde estava sentada confortavelmente, para ir à área de serviço fumar.", explica.

    Parar gradualmente (grau de dependência alto):

    A nicotina estimula a produção de dopamina, um neurotransmissor associado à sensação de prazer. Por isso, um dos sintomas da abstinência é o mau humor. Diminuir gradativamente o fumo ajuda a minimizar o sofrimento. "A pessoa deve se planejar para abandonar o vício completamente em quatro semanas", diz Jaqueline Issa. A recomendação é reduzir o número de cigarros em 25 a 30% a cada sete dias. Se a pessoa está acostumada a fumar vinte cigarros por dia, deve diminuir para quinze na primeira semana, dez na segunda e cinco na terceira, até parar na quarta.

    Parar de uma só vez (graus de dependência leve e moderado):

    A interrupção abrupta é a mais utilizada por quem decide abandonar o vício por conta própria, sem acompanhamento médico. "A pessoa geralmente para de uma vez ao descobrir ter uma doença ou, se for mulher, estar grávida", diz Jaqueline Issa. Nesse método, a manifestação dos sintomas de abstinência costuma ser maior do que em quem larga o cigarro gradualmente. Por isso, as chances de sucesso da parada abrupta são maiores nos fumantes com nível de dependência leve ou moderado.

    Distrair-se:

    A abstinência do cigarro se manifesta por meio do que os médicos chamam de fissura, episódios que duram de dois a três minutos onde parece ser impossível continuar sem fumar. "Nesse momento, é preciso se distrair: tomar água, chupar uma bala (manter a boca ocupada ajuda), dar uma volta e pensar que essa fissura só dura minutos", afirma Jaqueline Issa.

    Evitar álcool e cafeína:

    Ingerir álcool desencadeia uma série de processos químicos que aumentam a vontade de fumar. "Se a pessoa sente desejo de fumar ao ver outros fumantes, é melhor evitar o álcool e as áreas abertas de bares e restaurantes, onde o cigarro é permitido”, diz Jaqueline Issa. O mesmo acontece com o café: durante o tratamento, é recomendável trocar a bebida pura pela versão com leite, e diminuir a quantidade. "Eu costumo sugerir, no máximo, quatro xícaras de café com leite por dia", diz Jaqueline.

    Exercitar-se:

    A prática de atividade física, além de liberar os mesmos neurotransmissores associados à sensação de bem-estar que a nicotina, é associada a um estilo de vida saudável. "Nos momentos em que uma pessoa tem vontade de fumar, ela pode fazer uma caminhada, por exemplo, que vai se sentir melhor sem o cigarro. Claro que não é viável se exercitar o dia inteiro, mas manter uma frequência diária já ajuda", diz José Roberto Jardim, coordenador do Núcleo de Prevenção e Cessação do Tabagismo da Unifesp.

    Listar os motivos que justificam a decisão:

    "Mais do que querer e ter força de vontade, encontrar uma razão para deixar de fumar é essencial", diz José Roberto Jardim. Essas razões podem incluir, por exemplo, evitar uma doença grave, poupar dinheiro ou dar exemplo para o filho. Listar os motivos mais significativos ajuda nos momentos em que resistir ao cigarro parece impossível. "A pessoa pode escrever essa lista, guardar em algum lugar e consultar quando quiser se lembrar do motivo de ter tomado aquela decisão", diz Jaqueline Issa.

    Contar com o apoio dos familiares e amigos:

    Anunciar a decisão de parar de fumar para as pessoas próximas costuma ajudar. Primeiro, porque reforça o compromisso consigo próprio. Segundo, pelas palavras de incentivo. "Mas as pessoas devem estar preparadas para dar apoio. Se você sabe que elas vão desestimular a decisão, é melhor não contar", diz Jaqueline Issa. "Familiares e amigos devem entender que você estará passando por um momento difícil e que, por isso, talvez fique mal humorado ou desanimado."

    Fazer tratamento médico:

    "Tabagismo não é um hábito, é uma doença, e precisa ser tratado como tal", diz a cardiologista Jaqueline Issa. Parar de fumar por conta própria pode ser difícil por causa dos sintomas ligados à abstinência da nicotina. O tratamento feito com medicamentos que atuam nos receptores de nicotina ou nos neurotransmissores estimulados pela substância, como a dopamina, ajuda a atenuar os sintomas. "Primeiro, tentamos o tratamento usando apenas um tipo de remédio. Se após duas ou três semanas a pessoa não melhorar e os sintomas persistirem, podemos combinar duas drogas, o que geralmente garante bons resultados”, diz Jaqueline.

    Usar adesivos ou mascar gomas de nicotina:

    Ao contrário dos tratamentos com remédios que atuam no cérebro, para fazer uso de adesivos ou gomas com nicotina não é necessário acompanhamento médico – basta seguir as instruções da bula. Esse tipo de produto oferece ao usuário uma pequena dose de nicotina, que ajuda a impedir as crises de abstinência. Os adesivos e gomas de nicotina só são recomendados para aqueles que fumam menos de vinte cigarros por dia: caso contrário, seria preciso usar uma quantidade muito grande do produto para surtir efeito, além do gasto financeiro também ser alto.

Quem Somos

Bárbara Andrade, formação em Pedagogia ,mas exerçe no IFSP - Campus Cubatão a função de Assistente em administração. Está lotada na Coordenadoria de Extensão, atuando como coordenadora.

Etiene Siqueira de Oliveira, formada em Biblioteconomia, exerço a função de bibliotecária-documentarista no IFSP Campus Cubatão.

Lucia Helena Dal Poz Pereira, servidora do IFSP Campus Cubatão desde 2010, Técnica de Enfermagem, na função de Auxiliar de Enfermagem do Setor Médico (SMO) subordinada à Coordenadoria de Apoio ao Ensino - CAE

Marcilene Maria Enes Appugliese, Bibliotecária no Instituto Federal de São Paulo - Campus Cubatão, lotada na Coordenadoria de Apoio ao Ensino, porém trabalha no setor de Coordenadoria de Recursos Didáticos, na Biblioteca.



Maria das Neves Farias D. Bergamaschi, servidora do IFSP- Campus Cubatão desde 2008, formada em Pedagogia, pós graduada em Gestão Escolar: Supervisão e Orientação Escolar lotada na Coordenadoria de Apoio ao Ensino- CAE, na função de Técnica em Assuntos Educacionais.

Maria del Pilar, médica no IFSP, Campus Cubatão. Está lotada no Setor Médico.

Lucas Ramacciotti Silvério, aluno da IFSP - Campus Cubatão desde 2011, bolsista do Projeto Drogas: Amor de perdição.

Diana Torrão Pereira, aluno da IFSP - Campus Cubatão desde 2011, bolsista do Projeto Drogas: Amor de perdição.
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