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ONU: Brasil se tornou importante mercado de cocaína
Nos últimos anos, o Brasil se consolidou não apenas como rota da cocaína dos Andes para a Europa como também passou a ser um mercado fundamental da droga. É o que mostra o Conselho Internacional de Controle de Narcóticos, entidade de Organização das Nações Unidas (ONU), em um relatório divulgado nesta terça-feira. De acordo com o órgão, em 2012, as maiores apreensões de cocaína no país ocorreram a partir de carregamentos da Bolívia, seguidos por Peru e Colômbia. A ONU também aponta que o Brasil apreendeu, no mesmo ano, um volume recorde de 339.000 tabletes de ecstasy, o equivalente a cerca de setenta quilos. Além disso, foram retidas 10.000 unidades de anfetamina e 65.000 unidades de alucinógenos, o maior volume desde 2007. Dados da ONU divulgados no ano passado mostraram que a prevalência de consumo de cocaína entre brasileiros de 12 a 65 anos mais que dobrou de 2005 a 2011, passando de 0,7% para 1,75%. É uma taxa quatro vezes superior à média mundial registrada em 2011, de 0,4%, e maior do que a da América do Norte, de 1,5%...
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Uruguai e EUA pensam em novas alternativas para a questão da maconha
Em 8 de outubro de 1964, o agente do Departamento Antidrogas dos Estados Unidos Albert Garofalo meteu o pé na porta de uma casa na periferia de Marselha. Dentro estava o químico Joseph Cesari, o mais famoso refinador de heroína da Europa. Nascido em 2 de janeiro de 1915, o ex-navegador e ex-barman que mal sabia ler e escrever era conhecido como Monsieur 98%, em referência à pureza da droga que extraía de um pacote de ópio cru. Havia mais de uma década que um laboratório não era descoberto na capital do crime organizado francês.
A queda do principal químico da época não acabou com o tráfico. O mercado americano demandava cada vez mais, e os gângsteres da América – principais compradores do produto – buscaram saída nos braços seguros dos compadres italianos: a Cosa Nostra importou os refinadores franceses e fez da Sicília um laboratório. A heroína gerou riqueza e violência nunca vistas. Em poucos anos, Palermo tinha pelas ruas tantos cadáveres quanto Beirute em guerra.
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